segunda-feira, 24 de agosto de 2009

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Apreciação e Crítica de Espetáculo: Atire a primeira pedra

Atire a primeira pedra, espetáculo de formatura dos alunos da Escola de Belas Artes da UFBA (grupo Os 50'Tões – Trupe de teatro), baseado em contos da coluna A vida como ela é..., publicados no Jornal Última Hora, durante o ano de 1961, pelo dramaturgo Nelson Rodrigues, apresenta entre outros temas, o adultério, os amores proibidos e secretos, evidenciando, além das repressões às mulheres – priorizando a ótica feminina no universo rodriguiano, retratando uma época marcada pela lei patriarcal e a decadência da classe média, o falso moralismo de uma sociedade hipócrita e machista. Amarrados em dez cenas onde as mulheres explodem desejos reprimidos e fazem valer sua vontade, tratando de temas muito próximos do nosso cotidiano. Interessaste, pois mostra como essas situações, que achamos que só ocorrem com pessoas longe de nós, muitas vezes acontecem com amigos nossos, vizinhos, ou até dentro de nossas casas.
A peça nos remeti a emoções como surpresa, alegria, ansiedade, e podemos citar também a tristeza, como por exemplo, na cena da morte mãe, mas com uma roupagem mais humorística, para não carregar a cena. Certamente por essa adaptação ao humor, a peça não se torne monótona, com um ritmo das cenas adequado, onde todas são ligadas pelo mesmo tema. Também pela introdução das músicas e das coreografias, o espetáculo acaba ficando divertido.
A disposição do espaço e dos atores é um show aparte. O cenário extremamente funcional, com requintes e detalhes como as penteadeiras e seus abajures atrás da cena, as marcações só com a mesa que muda para posições como o Kamasutra, enchendo a imaginação de qualquer mortal mais criativo, o fio luminoso que contorna o palco, aceso em momentos estratégicos, que nos faz lembrar aqueles palcos de “cabaré”, ou shows americanos, e a luz focalizada no ator, quando ele fala antes de cada cena, quase cinematográfica; figurino adequado a cada cena, quase típicos, os saltos altos e cintas-liga bem cuidados e fundamentais; maquiagem forte, revelando bem casa expressão dos atores.
O grupo - que já apresentou em Salvador, Larilará Macunaíma Saravá, direção de Hebe Alves, Perseguição e Assassinato de Jean-Paul Marat, dirigido por Daniel Marques e Uma Visita à Casa de Bonecas, direção de Carol Vieira e Iami Rebouças - é um rebanho de talento. Atores muito bem preparados, quem além de interpretarem (muito bem, por sinal), tens um preparo pra dança e canto, fazendo um casamento perfeito entre as modalidades, onde uma completa a outra, em alguns momentos dar-nos a impressão de estarmos diante de um musical. Além de se entregarem de corpo e alma aos personagens, conseguindo passar verdadeiramente cada expressão e cada sentimento vivido por estes.O Espetáculo é perfeito, recomendado para todos, principalmente aos homens machistas, que não dão o devido valor à mulher, achando que ela só serve para cozinhar, limpar e cuidar dos filhos, muito pelo contrário, elas merecem milhares e milhares de prêmios, pela garra e força de vontade de crescer, desenvolver, e lutar, e chegar, nem que seja ao nível imposto pela sociedade, do homem. E aos machistas, não esqueçam, “cuidado amigo, você perde a mulher, não é só casa e comida, o que ela mais quer!!!”
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Universidade Federal da Bahia
Instituto de Humanidades, Artes e Ciências Prof. Milton Santos
Trabalho sobre Dança - Ação Artistica
03 de maio

15 minutos, e mais um pouco de Fama

Quando um artista é bem sucedido em determinada modalidade, ele acaba recebendo uma credibilidade por esse feito, uma espécie é reputação, um reconhecimento na sociedade, a Fama. Segundo o Dicionário Aurélio, fama significa: “Opinião geral sobre a excelência de alguém; renome, nomeada, nome, celebridade, notoriedade”. Daí tira-se uma idéia do que seja a tal fama, tanto desejada pelos famosos, ou até por pessoas comuns.
Especialmente entre os famosos, alguns deles conseguem manter essa fama, outros não, ficam tendo seus “15 minutos de fama”. Um reconhecimento temporário. Normalmente fazem sucesso com duas ou três músicas, no caso dos cantores, onde todos querem ouvir, querem ir aos shows, indo a programas de TV e tal, sendo bem reconhecidos. Tempo depois, esses sucessos acabam ficando monótonos, e esses artistas vão saindo da mídia, tentam cria novos sucessos, mas não conseguem, e conseqüentemente perdem a fama.
Mas, mesmo que esses artistas não consigam embalar novos sucessos, e perdendo a sua fama, sempre ficaram reconhecidos pelos seus sucessos antigos, logo, surge o movimento trash, onde são pessoas quem curtiram esses sucessos, ou novas pessoas quem acham interessante esse tipo de música, e se reúnem pra curtir e relembrar. Como exemplo, temos uma festa quem acontece em São Paulo, em uma casa noturna no bairro de Vila Olímpia, a Trash Mania, que foi documentada pela Carta Capital, onde na noite seria apresentada a “rainha do rebolado”, Gretchen. Ela é um exemplo vivo de que mesmo perdendo a fama, ainda se consegue, nem que seja mais um pouquinho de reconhecimento, mesmo que seja para um publico menor. Embalando sucessos como “melo do piripiri” e “Conga, la conga”, Gretchen ficou muito famosa na década de 80, onde ninguém ficava parado quando uma dessas músicas, ou a cantora subia no palco. Só quem hoje não é muito diferente. Nessa festa trash, pessoas com cabelos chamativos, mulheres com roupas bem ousadas e pequenas, e homens no estilo “Elvis”, deixando extrapolar o “ridículo” com muita graça e diversão, cantam, gritam, e dançam, celebrando a “volta” dos anos 80. Mostrando assim, que mesmo que um artista tenha perdido a fama para o público geral, sempre terão algumas pessoas quem lembraram e se divertiram com esses sucessos.


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Universidade Federal da Bahia
Instituto de Humanidades, Artes e Ciências Prof. Milton Santos
Trabalho sobre Dança - Ação Artistica
10 de maio